Mentes com tal ardor
que das tuas mentiras não desdenho.
Ainda mais que tu mentes por amor
duma felicidade que não tenho.
Mentes para o meu bem!
Bendita esta mentira que consola.
Esta mentira que enternece e tem
o conforto sublime de uma esmola.
Mente, pois, e te inspira
naquilo que se sente e não se diz...
Não vês? A própria vida é uma mentira
que a gente enreda para ser feliz.
Sei que mentes... Mas eu sei também
que todas as mulheres são assim!
E não dão o conforto que me vem
das mentiras que teces para mim.
que das tuas mentiras não desdenho.
Ainda mais que tu mentes por amor
duma felicidade que não tenho.
Mentes para o meu bem!
Bendita esta mentira que consola.
Esta mentira que enternece e tem
o conforto sublime de uma esmola.
Mente, pois, e te inspira
naquilo que se sente e não se diz...
Não vês? A própria vida é uma mentira
que a gente enreda para ser feliz.
Sei que mentes... Mas eu sei também
que todas as mulheres são assim!
E não dão o conforto que me vem
das mentiras que teces para mim.
(Martins d'Alvarez nasceu no dia 14 de Setembro de 1903. Morreu em 1993.)
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