sábado, 30 de setembro de 2023

Por una cabeza

Foto Hernâni Von Doellinger

"Por una cabeza" é talvez o velho tango mais conhecido dos tempos modernos. A sua versão instrumental é tocada a torto e a direito nas séries de televisão e no cinema, não só pela sua indiscutível beleza e porque entretanto caducaram os respectivos direitos autorais, mas sobretudo depois de ter sido utilizada com o sucesso que se viu no filme "Perfume de Mulher", de 1992, que valeu a Al Pacino o Óscar de melhor actor. A autoria deste tango é muitas vezes erradamente atribuída a Astor Piazzolla. Na verdade, o tango "Por una cabeza" foi composto em 1935 com música de Carlos Gardel, o mais famoso dos cantores de tango da história, e letra de Aldredo Le Pera.

P.S. - O tango argentino e uruguaio subiu a património mundial imaterial da Unesco no dia 30 de Setembro de 2009.

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Na catedral da vitela assada


Festival da Vitela Assada à Moda de Fafe, em oitava edição, no fim-de-semana de 7 e 8 de Outubro. Marque na agenda! De regresso ao formato inicial, em tenda, o certame assenta arraiais na Praça das Comunidades (espaço da feira semanal), com a participação de quatro restaurantes do concelho - Adega Popular, Casa de Pasto Reis, Desigual e Dom Egas.
A famosa vitela assada em forno de lenha, vinho verde, pão-de-ló e doces de gema, num menu de degustação a módicos 15 euros por pessoa. Mostra de artesanato e produtos regionais, muita música e animação. Mais informação sobre o evento, aqui. E mais sobre a vitela assada à moda de Fafe, sob o meu ponto de vista, aquiaquiaqui e aqui.

sábado, 23 de setembro de 2023

Orlando Castro e a UNITA


O novo livro do jornalista Orlando Castro, "Eu e a UNITA", chegará às bancas no próximo mês de Novembro. A obra conta com prefácio de William Tonet.

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Cristiano Ronaldo e o circo

É uma notícia. Pelo menos vem no jornal e hoje não é dia 1 de Abril. "A World Wrestling Entertainment (WWE) está a trabalhar para que Cristiano Ronaldo seja o grande convidado no próximo evento Crown Jewel, que irá decorrer na Arábia Saudita. O craque português do Al Nassr poderá ser a grande estrela no evento marcado para novembro de 2023."
O wrestling é a chamada luta livre americana, espectáculo vagamente desportivo, com movimentos coreográficos ensaiados e com resultados previamente combinados pelos seus organizadores.

No princípio era a batida

Foto Hernâni Von Doellinger

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Luís Filipe Menezes vem por aí

Luís Filipe Menezes é o próximo convidado do Clube dos Pensadores. O ex-líder do PSD e ex-presidente da Câmara de Gaia e ex-candidato a candidato à Câmara do Porto e actual presidente da Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa é o trunfo de Joaquim Jorge para a conferência/debate "Portugal, hoje", na próxima segunda-feira, dia 25 de Setembro, pelas 21h30, no Hotel Holiday Inn Porto-Gaia. A entrada é livre.

sábado, 16 de setembro de 2023

Não há dinheiro, não há praia!

Hoje, terceiro sábado de Setembro, é Dia Internacional da Limpeza Costeira. Limpeza costeira, ora bem. Decerto era a isso que a Senhora Dona Paula Bobone, essa colossal cabeça, se referia aqui atrasado quando opinou em entrevista que "a entrada nas praias deveria ser paga, para se fazer uma certa selecção".

Guerra Colonial, a memória em Tábua


"Guerra Colonial - Direito à Memória" é o mote para a sessão que esta tarde decorre na Biblioteca Pública Municipal João Brandão, em Tábua. A partir das 15h30, nas instalações da Rua Dr. Francisco Beirão, n.º 3, são oradores Jaime Froufe Andrade, ex-combatente e autor de "Não Sabes Como Vais Morrer" e "Os Manuscritos de R.", e Armando Pereira Costa, ex-primeiro-sargento e presidente do núcleo local da Liga dos Combatentes.

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Pontos de vística

- O caro amigo desculpe, mas está completamente errático...
- Pelo contrário, ó ilustríssimo: estou absolutamente cértico.

Vendo pontos de vista para o mar

Eu tenho uma certa maneira de ver as coisas, isso é verdade. Mas não possuo aquilo a que se possa chamar um prisma, uma óptica, sequer um ângulo que se diga. Tivesse-os eu, e vendia-os...

São uns pontos

  • Morreu o último ponto de ordem à mesa. De fome - é o que consta.
  • - PowerPoint! - gritou o ponto negro, de punho erguido.
  • Antes ponto de embraiagem do que ponto morto.
  • E daquela vez em que o ponto final fez sociedade com o ponto de cruz? Foi de morte.
  • Diz o ponto cardeal ao ponto de rebuçado: não te armes em papa!
  • Eram três e perigosos. Chamavam-lhes Reticências...
  • O defeito do ponto e vírgula? Tem a mania que é mais que os outros.
  • Aventureiro por natureza, o ponto de vista só tinha um medo - as cataratas.

P.S. - Hoje é Dia Internacional do Ponto.

Lugar em perigo

Foto Hernâni Von Doellinger

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

A conversão do penálti

Foi uma conversão muito difícil, um processo doloroso e demorado. Perceba-se: era um penálti ateu desde pequenino e burro velho não toma andadura. Mas, pronto, vai ser baptizado no próximo domingo, logo após a missa das sete...

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Os meus cromos 74: Teixeira dos Santos

Foto Hernâni Von Doellinger

Está em forma o ex-ministro Teixeira dos Santos. Apanhei-o por acaso no passado fim-de-semana, em pleno centro da vila de Caminha evidentemente, ele todo jovem e dinâmico maila sua Clementina, e veio mesmo a calhar. O antigo governante faz hoje anos, 72 se não estou em erro, e, já agora, para o menino Fernando uma salva de palmas.

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

E o árbitro saiu fardado de polícia


O grande Costeado. João Costeado, que, veio ontem nos jornais, regressa ao seu Vitória de Guimarães para tomar conta da braçadeira que o treinador Paulo Turra não pode usar. O grande Costeado, que jogou no meu Fafe na passagem da década de 1970 para a década de 1980 e que brilhou naquela extraordinária equipa de Nelo Barros que fez frente ao Sporting nas meias-finais da Taça de Portugal e que era assim, tal como a anunciei aos altifalantes do estádio cheio como um ovo: Zé Maria, Costeado, Cândido, Castro e Manuel Fernandes; Albano, Sousa Pinto e Valença, Valdemar, Daniel I e Nogueira. Que luxo! Que máquina! Quem no-la dera naquele ano administrativo em que fomos cheirar a primeira divisão! Nem teríamos descido, digo eu...
Mas a tal meia-final da Taça, e já era a segunda em apenas três anos. Nós na segunda divisão, que era o nosso sítio, e o Sporting que era o Sporting. Foi na época de 1978/79, no nosso campo, e roubaram-nos a glória da final no Jamor, ou pelo menos a hipótese de um segundo jogo em Alvalade, roubaram-nos, dizia, com um penálti produzido pelo árbitro e convertido por Jordão aos 94 minutos, isto é, já no prolongamento. A peregrina falta que deu origem ao castigo que teve tanto de máximo como de injusto foi assinalada, imaginem, ao nosso Costeado.
O João era uma riqueza de moço. E o Costeado, que depois até jogou quatro vezes pela Selecção, à pala de Saltillo, era um defesa direito velocista porém tecnicamente equilibrado, raçudo e amiúde sarrafeiro. Mas estava inocente naquele dia, diga-se em abono da verdade. A Bola, o insuspeito jornal do Benfica, fazia até notar que o árbitro "julgou mal o famigerado lance de Costeado, conferindo-lhe, primeiro, uma natureza e uma intencionalidade, depois, que a nosso ver não teve", e parece que estou a ouvir o Joaquim Rita, com vírgulas e tudo.
Ora bem. Acontece que naquele tempo não havia VAR, o que não era mau de todo, porque assim também não avariava, mas não havia VAR. O VAR daquele tempo eram o Carlos Manuel ou o André a andarem sempre à volta do árbitro a dizerem o que devia ou não devia ser marcado, e nunca falhava. À falta do Carlos Manuel e do André (e, já agora, do Bruno Fernandes, que é actualmente VAR em Inglaterra), o próprio Costeado deu conta do recado, colando-se ao juiz da partida, Santos Luís, agarrando-o respeitosamente pelo avental, pedindo-lhe, rogando-lhe, rezando-lhe, implorando-lhe, jurando-lhe, repetindo-lhe quase em lágrimas, estou em dizer que mesmo em lágrimas - Eu nem lhe teni, senhor árbitro! Nem lhe teni, senhor árbitro! Nem lhe teni!...

O árbitro, o senhor árbitro, não reverteu a decisão. Chamaram-lhe "o roubo do século". Conta A Bola que "Santos Luís saiu fardado de polícia". E Costeado, baptizado pelo Valença, ficou o "Teni"...

(Texto publicado originalmente no meu blogue Fafismos)

Quem disse que era preciso poupar água?

Foto Hernâni Von Doellinger

terça-feira, 5 de setembro de 2023

As beatas e os anões

Li no jornal, com estupefacção e náusea, que "atirar beatas para o chão passa a custar entre 25 e 250 euros de multa". Eu não sabia disto, palavra de honra: mas quem é que anda para aí a atirar beatas ao chão? Desde a história do lançamento de anões que eu não via tamanha estupidez. Por amor de Deus, deixem as beatas em paz! A religião é coisa de cada um...

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Feira Medieval de Leça do Balio 2023


Está aí a Feira Medieval de Leça do Balio, a que agora chamam pomposamente Hospitalários no Caminho de Santiago, aliás, Feira Medieval de Matosinhos. Seja como for, a famosa Feira Medieval de Leça do Balio abre portas já depois de amanhã, quarta-feira, dia 6 de Setembro, e decorre até ao próximo domingo, dia 10 de Setembro, ao redor do Mosteiro de Leça do Balio. Mais informação, aqui.

domingo, 3 de setembro de 2023

O fim do mundo

Há 23 anos que o mundo acabou, e eu, francamente, não me parece que isto tenha melhorado...

Na minha terra gomitava-se

Gosto do falar da minha terra - do falar antigo, quero dizer. No meu tempo de Fafe, escupia-se muito, com vossa licença, mas sobretudo gomitava-se, façam favor de desculpar. Gomitava-se com assinalável categoria, como nunca mais vi gomitar por este mundo fora. E, tomem nota, em Fafe gomitava-se a tinto e branco, às vezes misturado, e não por qualquer intenção de afronta à gramática, que nem seria. Nada disso. Na minha terra gomitava-se, naturalmente, porque nos davam gómitos - e que é que se havia de fazer?

P.S. - Hoje é Dia de São Gregório.

sábado, 2 de setembro de 2023

Extinção? Quem dera!

Hoje é Dia Internacional do Abutre. E quem diz abutre, diz usurário, agiota, especulador, onzeneiro, ganancioso, interesseiro, avarento, agarrado, mesquinho, somítico, explorador, aproveitador, intrujão, chupista. Quem fala em risco de extinção, certamente não conhece Portugal...

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Os colossos gostam de bacalhau frito

Desenho Nestinho

E daquela vez em que o Chico Varandas andou à pancada com o macaco do Homem Mais Forte do Mundo e a coisa só não acabou aos tiros porque o macaco não quis? Assim, palavra de honra. O desagradável episódio não veio nas notícias, porque ainda não havia CMTV, mas passou-se sem sombra de dúvida, porque eu estava lá, e podia ter sido uma tragédia, como dizem agora os jornalistas todos por tudo e por nada.

Vou contar. Eram as Festas da Vila, e as Festas da Vila, em Fafe, naquele tempo, eram de rebimba o malho. Acima de tudo a procissão, sim senhora, que ainda hoje é a alma da festa toda, mas à roda da procissão, um pouco mais abaixo, estava montada uma criteriosa programação cultural e artística que nos enchia de orgulho, só do bom e do melhor, bife de primeira, embora nós não víssemos nada porque as entradas eram a pagar e, posto que as festividades fossem realmente muito ricas, os fafenses eram geralmente muito pobres. E bife, mesmo de terceira, era raro.
Portanto naquele ano trouxeram-nos O Homem Mais Forte do Mundo. Não o Segundo ou o Terceiro Homem Mais Forte do Mundo, mas "O" Homem Mais Forte do Mundo, é preciso que se note. E era "O" não porque o nosso Homem tivesse ganho o título num campeonato contra esses mostrengos gordos que andam agora por aí a empurrar pneus de camião e a levantar tonéis, mas apenas porque sim. O Homem Mais Forte do Mundo levava muitos anos daquilo, era-o por usucapião. Louis Cyr, aliás falecido, que tivesse paciência...
O Homem Mais Forte do Mundo teria participado, porventura como figurante ou duplo, no filme "O Colosso de Rodes", um peplum de 1961 de Sergio Leone que por acaso eu vi no nosso Cinema. Nas montras da vila havia cartazes daqueles como os do circo que atestavam o desempenho digno de Óscar, e contra isso nada. Nos reclames, O Homem Mais Forte do Mundo era O Colosso de Rodes. E que se segue? Ao Homem Mais Forte de Mundo, o povo foi. Era no estádio, só podia ser no estádio para tamanha empreitada, e a bancada encheu. Mais meio ano sem bife, que se foda...
Estão a ver Hércules? Estou a ver Dwayne Johnson? Era exactamente assim O Homem Mais Forte do Mundo quando entrou em campo, mas em baixinho. Ou por outra, O Colosso de Rodes apresentou-se em Fafe bem constituído, musculado e seco, bronzeado, quem sou eu para afirmar o contrário, mas confesso que defraudou as minhas acho que justificadas expectativas no que diz respeito a colosso. E também me pareceu um bocadinho fora de prazo aquele senhor de barbas bíblicas, grisalhas e crespas, como se O Homem Mais Forte do Mundo fosse mesmo Sansão, mas reformado e apenas das orelhas para baixo.
E deslumbrou. Apareceu vestido, ou despido, como um gladiador romano, quiçá herói ateniense ou troiano. A publicidade dizia que O Homem Mais Forte do Mundo era grego. E ele trazia as bandeiras de Portugal e da Grécia. E dirigiu-se ao público em delírio numa língua estranha, para mim era grego, referindo "Portogalía" a uma certa altura, o que só demonstra que fez os trabalho de casa, sabia muito bem onde estava, em Fafe, ali a dois passos do Picotalho e de Portugal, que era do que ele certamente falava, do nosso Largo de Portugal, ou Platýs de Portogalía, como eles dizem lá na terra deles. Ficou-lhe bem, mostrou educação e conhecimento, e o público em delírio adorou.
O resto da tarde foi O Homem Mais Forte do Mundo a ser O Homem Mais Forte do Mundo. Isto é, a levantar uma dúzia de pessoas penduradas numa barra de ferro, a vergar a barra de ferro propriamente dita, a içar pesos com os dentes, a segurar duas camionetas, uma de cada lado e ele no meio, inteiriço e como o aço, e as rodas dos veículos comprovadamente pesados sem sequer saírem do sítio, acelerando em seco no saibro do campo de futebol, levantando pó, gravilha e aplausos. E que mais? Ah!, e a pedir que lhe partissem um bloco de granito, à marretada, em cima da barriga. E partiram. Para mim, esta parte foi a cereja em cima do bolo. A pedra era realmente enorme e verdadeira, contrastada, confirmou-mo o meu tio Zé de Basto, pedreiro de mão cheia, que foi quem me levou ao espectáculo que, aviso já, esteve quase a não acontecer. E as marretas também eram a sério, pesadas e maciças, via-se à vista desarmada e o meu tio disse que sim. Para terem uma ideia do perigo implicado neste número, basta referir que foi preciso colocar um pano de cozinha entre o pedregulho e a barriga do artista, não fosse o artista esfolar-se um bocadinho numa lasca ou algo assim...

Ora bem. O Homem Mais Forte do Mundo deslocava-se numa carrinha de caixa aberta por acaso bastante velha. Não vou dizer que foi nestes preparos que O Colosso de Rodes veio da Grécia, ou de Rio Tinto ou de Vila Franca de Xira, que é de onde vêm geralmente os artistas de circo estrangeiros, não estou informado a esse propósito nem quero levantar falsos testemunhos, posso é garantir que nesse preciso dia, horas antes da função, que aliás foi um sucesso, como se viu ali atrás, o referido veículo estacionou no Santo Velho, ao lado do Zé Manco, no sítio onde costumava estabelecer-se a Mocha mailas suas sardinhas amestradas, mas admito que O Homem Mais Forte do Mundo tenha ida em frente, ao Paredes, comer uma posta de bacalhau frito pelas mãos abençoadas da Dolorzinhas, seria mais razoável. E acrescento: a carrinha tinha matrícula portuguesa e na caixa aberta viajava um macaco, um macaco pequeno e irrequieto como os macacos, preso por uma corrente ao pescoço.
Estava tudo a correr bem, isto é, não se estava a passar nada, quando chegou o Chico Varandas, meu querido vizinho, uma jóia de pessoa, e, como acontecia regularmente, vinha contentico, digo bem, contentico, com a sua pinguinha. E, boa alma que era, foi fazer festas ao macaco.
Aqui, a verdade é só uma. O macaco do Homem Mais Forte do Mundo podia ser o Macaco Mais Forte do Mundo, mas não se sabia, e, se se sabia, o Chiquinho não fez caso dessa prudente suposição. E quilhou-se bem quilhado. Fez festas ao macaco e o macaco fez-lhe festas a ele, isto é, rabunhou-lhe a cara e, pior do que isso, rasgou-lhe o bolso da camisa praticamente nova e salpicada de sangue.
O Chiquinho começou a discutir com o macaco, que eventualmente só percebia grego, foi preciso vir o chofer da carrinha, que fazia a tradução e era também manager do Homem Mais Forte do Mundo, o Chiquinho jurou matar o macaco ali mesmo, foi a casa buscar a Kalashnikov, apareceu com a pressão de ar, "Ai que te mato! Ai que te mato, meu macaco!", palavras não eram ditas, ainda estava o Chico a rematar o ultimo ponto de exclamação e já O Homem Mais Forte do Mundo saía do Paredes a escabichar os dentes, que fariam parte do programa, como se viu acima, "Ai que te desgraças, Chico, ai que te desgraças, deixa-te de macacadas, vai mas é embora que o gajo é O Homem Mais Forte do Mundo e ainda te enfia a espingarda pelo cu acima!", disse não sei quem da nossa rua, e o Chiquinho deixou-se e foi-se, não por medo mas porque era, eu já disse, uma jóia de pessoa, uma boa alma e, por norma, muito bem mandado.
E foi a nossa sorte.

P.S. - Desenho e texto publicados originalmente no meu blogue Fafismos.