A piada, para ser fina, não deve ter mais de três milímetros de espessura.
P.S. - Hoje é Dia Internacional da Piada.
A piada, para ser fina, não deve ter mais de três milímetros de espessura.
P.S. - Hoje é Dia Internacional da Piada.
- Relativamente a essa matéria, senhor deputado, devo esclarecer que não tenho nada a acrescentar relativamente a essa matéria.
- E relativamente à outra matéria, senhor primeiro-ministro?
- Relativamente à outra matéria, senhor deputado, devo esclarecer que não tenho nada a acrescentar relativamente à outra matéria.
- Bem me parecia, senhor primeiro-ministro!
- Ainda bem que nos entendemos, senhor deputado!
Realmente. O que seria de nós, do País, da Nação, do nosso amado Portugal, sem os nossos senhores deputados, sem os nossos senhores primeiros-ministros, gente assim de categoria?...
P.S. - Hoje é Dia Internacional do Parlamentarismo.
Tirando as minhas caminhadas matinais à beira-mar, passo o dia inteiro enfiado em casa. Sozinho. Quer-se dizer: vivo sem testemunhas. E isso começa a assustar-me. Tenho medo de ser apanhado. Porque - bem vejo o que acontece nos policiais da televisão - sozinho em casa não serve como álibi.
Era só isto que eu tinha para dizer. Gosto muito do nosso Serviço Nacional de Saúde. Para mim, o Serviço Nacional de Saúde é as pessoas. As pessoas do Serviço Nacional de Saúde. As pessoas que cuidam de nós. De mim. Com ou sem pandemias. Muitíssimo obrigadíssimo!
"Cabeleireiro masculino". Olho para o reclame e fico sempre naquela. Mas quê, será masculino porque é homem? Ou será masculino porque atende homens, isto é, barbeiro? E se o cabeleireiro masculino for mulher, não deveria dizer-se, sem ofensa, cabeleireira masculina? E se o cabeleireiro for feminino, o que é que temos a ver com isso? E se o barbeiro for mulher, não vamos mais longe, porque é que não é barbeira? E em caso de indefinição ou escolha múltipla, coisa absolutamente natural, poderá ser, por exemplo, barbeire? Cabeleireire? São problemas assim que de facto me afligem - quero lá saber da guerra na Ucrânia, do aborto nos EUA ou da pobreza de todos os feitios em Portugal...
E pronto, lá se foi mais uma noitada de São João. A noite mais longa do Porto, como também lhe chamam. Agora só em Maio do próximo ano, quando terminar o campeonato...
Como é que ele se sentia? Ora, sendo ele quem era, vindo ele de onde vinha, como haveria de sentir-se? Pois sentia-se olímpico, homérico, plutónico, titânico, vulcânico, erótico, apolíneo, afrodisíaco, epicúrio, hermético, báquico. Absolutamente. Mas sobretudo olímpico. Quiçá também um pouco messiânico, salomónico, angélico porém satânico, vá lá. Era realmente muito dado à antiguidade clássica, às mitologias, à espiritualidade primordial e definitiva, ao desporto amador. E daí não transigia. Compreenda-se portanto a potência da ira que o acometeu quando inesperadamente lhe disseram que ele parecia estar, assim visto de fora e tão depois de Cristo, um tudo-nada dantesco, algo sádico às tantas...
P.S. - Hoje é Dia Olímpico. E todos os golos devem ser marcados de canto directo.
É um homem muito antigo. Tão antigo que é do tempo dos blogues. E por lá ficou.
No meu tempo era mais fácil fazer homens. Levavam-se os rapazes às putas, mandavam-se os rapazes para a tropa, e estava o assunto resolvido. Hoje em dia a coisa exige outros mimos, ciência...
Já repararam que para efeitos de restaurante as crianças não são pessoas. A mim não me parece bem.
Façam o obséquio de tomar nota! Sob o generoso fio corrente de água fria da torneira, desfiar meticulosamente uma boa posta de bacalhau da peça, sem pele e sem espinhas. Passar os fiapos do bacalhau por mais uma, duas ou três águas, sempre frias, agitando-o, ao bacalhau, e espremendo-o, até que fique no ponto de sal. Regar com azeite do melhor e três ou quatro pingas de vinagre, cobrir e misturar com cebola cortada às rodelas bem fininhas, picar um quase nada de alho, salpicar ao de leve com pimenta branca e enfeitar com azeitonas pretas. Está pronto! Sushi de bacalhau - inesperado, inovador e chique. Os antigos chamam-lhe punheta.
P.S. - Hoje é Dia Internacional do Sushi.
Passava o tempo a matar o tempo. Era uma ocupação criminosa e sem futuro.
Portugal acaba de enviar missais para a Ucrânia. Pequenos missais de rito bracarense praticamente novos. As ordens eram para mandar mísseis, mas alguém da intendência fez confusão ao aviar a encomenda.
Foto Hernâni Von Doellinger |
De entre as marchas mais populares, creio que será justo destacar a Grande Marcha, a marcha luminosa, a Marcha Fúnebre, a marcha lenta, a marcha-atrás ou marcha à ré, a marcha forçada, a marcha atlética, a Marcha Nupcial, a Marcha Turca, a marcha tudo, a Marcha dos Pinguins, a Marcha Triunfal, a Marcha do FC Porto, a Marcha Radetzky e evidentemente The Stars and Stripes Forever.
Foto Hernâni Von Doellinger |
As bicicletas estão na moda. As bicicletas e as trotinetas. As cenas de pancadaria, facadas, tiros e mortes entre jovens bandidos, por nada ou por quase nada, também. É. A moda tem muito que se lhe diga...
Tinha marcado na agenda, com grosso sublinhado a vermelho - 2 de Junho, Dia Internacional da Prostituta. E lá ia. Todos os anos.