A uma Senhora que me pediu rosas em tempo que não as havia
Pediu-me rosas, Senhora,
E as roseiras não têm rosas;
Só nas suas mãos formosas
Poderão nascer agora.
Já uma vez, por encanto,
Umas santas mãos bondosas
Transformaram oiro em rosas;
Senhora, faça outro tanto!
Pois, como a Santa doutrora,
A todos as dores consola,
E quem tem sempre uma esmola
Tem sempre rosas, Senhora!
António Carneiro
(António Carneiro nasceu no dia 16 de Setembro de 1872. Morreu em 1930.)
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