sábado, 7 de janeiro de 2012

Podiam ter-me perguntado

Um estudo avaliou três vezes as capacidades cognitivas de mais de sete mil funcionários públicos ingleses num período de dez anos, concluindo que, afinal, o declínio do cérebro não começa aos 60 anos, mas logo aos 45. Estudo redundante e desnecessário. Obliterando a especificidade do cérebro de funcionário público, podiam ter-me perguntado e ficavam logo a saber o mesmo, sem mais trabalho. Sou uma prova viva! De resto, o Governo e o patronato de Portugal já há muito que também têm conhecimento desta realidade científica, provavelmente através de estudos secretos, ou vocês pensavam que é por pura maldade que um e outro mandam para o caixote do lixo os trabalhadores portugueses acima dos 50?
Tinha mais duas ou três coisas para dizer sobre este assunto, mas, cá está, não me vêm à cabeça, não me lembro.

2 comentários:

  1. Hernâni
    Eu, que já tenho os meus cinquentinhas acrescidos de IVA à lá troika e, sou um dos muitos, que no entender destes palhaços,nunca mais morrem, apesar de todas as investidas contra "este cancro" que é a IDADE DOURADA, mas que que os gajos acham que só atrapalha o País. Vou-te dizer, enquanto me lembra, porque é que os gajos, sejam eles Belmiros, Amorins, Cavacos, Relvas, Passos, ou outros F.D.P. como Sócrates por exemplo, acham que a partir dos 45 anos ficamos todos tolinhos, logo, impróprios para o mercado de trabalho, preferindo jovens na casa dos 20 a 30 anos. É que, um puto dessa idade, não levanta,"puto" de problemas, ainda não tem capacidade reivindicativa, está ocupado com "as que já deu", ou com as que ainda irá dar, não tem cultura geral, nem respeito por si próprio. Depois, passa o tempo de lazer nas discotecas e bares, sai de lá pelas 4 da matina bem quentinho. De seguida enfia umas "passas" no corpo e aguenta a ressaca até por volta das 9 horas. De seguida passa no Cento de Metadona, ou na Farmácia local, pede a dose que lhe está prescrita e vai todo lampeiro para o trabalho. Por sua vez o dito Patrão, que supostamente terá percorrido a mesma via-sacra, acha-se feliz da vida, por ter despedido aqueles tipos chatos, barrigudos e com brancas no cabelo, substituindo-os por gente nova, obediente e pouco reivindicativa, com tudo quanto convém para o Alavancar da Economia Portuguesa.
    Gaspar de Jesus

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  2. Obrigado, caro Gaspar de Jesus, pela visita e pelo comentário. Um acrescento, porém: no que eles sobretudo se enganam é quando pensam que a gente já não consegue alavancar.

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