Se dizem-me insensato por ouvir
Estrelas, qual Bilac, talvez razão
Proveja. Mas é inútil arguir
A racionalidade ao coração.
Devo do amor insano refugir?
A estrela amiga abandonar de mão?
Não posso. Então convido-os a assistir,
Da Via Láctea, a mágica atração!
Direis agora: que paixão se inculca
Na mente do poeta, ante as estrelas,
A pratear as matas da Tijuca?
Eu vos responderei que reincido
E, apenas por olhá-las, posso tê-las,
E ouvi-las, como o amor não tem me ouvido.
(Luiz Manzolillo nasceu no dia 26 de Junho de 1930. Morreu em 2007.)
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