quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Batem leve, levemente

Os desempregados batem nas mulheres
São cada vez mais os casos sabidos de violência contra mulheres e crianças. Uma vez, corria Agosto de 2013, Deolinda Barata, da Sociedade Portuguesa de Pediatria, disse na televisão que a culpa é da crise. Os homens ficam desempregados e portanto batem nas mulheres. Os filhos levam por tabela.
Eu também sou contra o governo. Mas, palavra de honra, esperava dos alegados entendidos uma conclusão sensata e minimamente articulada sobre o assunto - e esta não é. O que a doutora Deolinda disse é o fácil, está à mão e é de esquerda, podia até ser dito por mim, esquerdista às vezes e incorrigível cultor do lugar-comum a tempo inteiro. Infelizmente, a questão da violência doméstica, sobre adultos ou menores, tem muito mais que se lhe diga. A crise não explica tudo. E não desculpa tudo. Falamos de filhosdaputa e isso é apenas o princípio da conversa...

O malhão, obviamente
A candidata presidencial Ana Gomes era eurodeputada socialista e num dia de Janeiro de 2013 dançou em Bruxelas "contra a violência contra as mulheres". Dançou. E eu dancei na cozinha pela paz no mundo inteiro e pelo amor pleno entre toda a humanidade. Dancei à volta de meio copo de vinho tinto e espero que resulte. A isto antigamente chamava-se "rezar", agora chama-se "dançar", meus fiéis companheiros índios...

Poder e onanismo
O exercício do poder é uma actividade profundamente solitária. A masturbação geralmente também.

Violência
Batata a murro apresenta queixa por violência doméstica.

Como uma porta
Bateu à porta e disse: agora vai fazer queixa à mãezinha.

Como duas portas
Chegou a casa e, como de costume, bateu à porta. Desta vez a porta da vizinha chamou a polícia.

Desarmado em parvo
Era tão pacifista, tão pacifista, tão objector de consciência, tão objector de consciência, tão não-violento, tão não-violento, que havia quem dissesse que ele andava constantemente desarmado em parvo. 

Sem desculpa
Errar é próprio do homem. A mulher não tem desculpa!

Fuja, mãe, que o pai vem bêbado
O miúdo enfiou a cabeça na porta do tasco e gritou:
- Ó pai, a mãe manda dizer prò pai vir pra casa!...
- Vai tu...
- Ó pai, a mãe mandar dizer que o comer está pronto!...
- Então vai, antes que arrefeça...
- Ó pai, a mãe manda dizer que, se o pai não vier já, mete-lhe a comida no balde do lixo!...
- E faz muito bem...
- Ó pai, a mãe...
- Moço!... Diz à tua mãe que eu mando dizer que me estou nos... tintos!

P.S. - Hoje, 25 de Novembro, é Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres.

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