Que tens, meu coração? Porque ansioso
Te sinto palpitar continuamente?
Ora te abrasas em desejo ardente,
Outra hora gelas triste e duvidoso?
Uma vez te abalanças valeroso
A suportar da ausência o mal veemente;
Mas logo esmorecido, descontente,
Abandonas o passo perigoso?
Meu terno coração, ela, resiste,
Não desmaies, não tremas; pode um dia
Inda o Fado mudar o tempo triste.
Suporta da saudade a tirania,
Que ainda verás feliz, como já viste,
Raiar a linda face da alegria.
Te sinto palpitar continuamente?
Ora te abrasas em desejo ardente,
Outra hora gelas triste e duvidoso?
Uma vez te abalanças valeroso
A suportar da ausência o mal veemente;
Mas logo esmorecido, descontente,
Abandonas o passo perigoso?
Meu terno coração, ela, resiste,
Não desmaies, não tremas; pode um dia
Inda o Fado mudar o tempo triste.
Suporta da saudade a tirania,
Que ainda verás feliz, como já viste,
Raiar a linda face da alegria.
Beatriz Brandão
(Beatriz Brandão nasceu no dia 29 de Julho de 1779. Morreu em 1868.)
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