Os domingos à tarde da minha infância eram os melhores dias do mundo. Até tinham altifalantes e fanfarra. E eu adorava os altifalantes e a música. Os altifalantes chamavam por mim e eu ia
hipnotizado como um rato atrás do flautista de Hamelin. As marchas de
John Philip Sousa eram o indicador, o indicativo. Eram sinal de futebol
no Campo da Granja, eram Festa da Bomba,
eram o Santo António na minha rua, eram a Senhora de Antime que descia à
vila numa tremenda e comovente procissão, a banda no fim, à ordem do bombo mas a toque de caixa, debitando uma interminável ladainha de preguiçosos e compungidos "Queremos Deus"...
P.S. - Publicado originalmente no dia 10 de Janeiro de 2013. O fenomenal John Philip Sousa - compositor, maestro, militar, atirador desportivo, escritor e etc. - era de facto luso-americano, filho de pai português de origem açoriana. Os camones chamam-lhe Suza, como a da mala de cartão...
P.S. - Publicado originalmente no dia 10 de Janeiro de 2013. O fenomenal John Philip Sousa - compositor, maestro, militar, atirador desportivo, escritor e etc. - era de facto luso-americano, filho de pai português de origem açoriana. Os camones chamam-lhe Suza, como a da mala de cartão...
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