te lavo e lavro
palavra / pão
polida pedra
de construção
do quanto faço
deste edifício
em que elaboro
fé e ofício,
te esculpo e bruno
verbo / canção
no diário labor
de artesão.
te louvo lume
e pedra d'ara
com que ergo o templo
da flor mais cara
e clara: poesia
com que reparto
os sóis do meu dia
o suor do meu dia
o fel do meu dia
as mazelas do homem
as amargas vidas
o pão subtraído
as pagas devidas
a paz relativa
a justiça rara
a fome de todos
a morte na cara
da criança. o aço
que o corpo nos cava,
a fé o cansaço
desta luta brava
a fartura a poucos
de muitos tomada
o chão proibido
a água negada
o amor que rareia e
a festa sonhada
...
palavra / pão
polida pedra
de construção
do quanto faço
deste edifício
em que elaboro
fé e ofício,
te esculpo e bruno
verbo / canção
no diário labor
de artesão.
te louvo lume
e pedra d'ara
com que ergo o templo
da flor mais cara
e clara: poesia
com que reparto
os sóis do meu dia
o suor do meu dia
o fel do meu dia
as mazelas do homem
as amargas vidas
o pão subtraído
as pagas devidas
a paz relativa
a justiça rara
a fome de todos
a morte na cara
da criança. o aço
que o corpo nos cava,
a fé o cansaço
desta luta brava
a fartura a poucos
de muitos tomada
o chão proibido
a água negada
o amor que rareia e
a festa sonhada
...
palavra larva
semente pura
que em mim explodes
de sons madura,
te lavo e lavro
verbo / canção
te louvo lume
poema / pão
manhã sonhada
meu sim / meu não.
Manuel Lopes
(Manuel Lopes nasceu no dia 23 de Dezembro de 1907. Morreu em 2005.)
que em mim explodes
de sons madura,
te lavo e lavro
verbo / canção
te louvo lume
poema / pão
manhã sonhada
meu sim / meu não.
Manuel Lopes
(Manuel Lopes nasceu no dia 23 de Dezembro de 1907. Morreu em 2005.)
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