As azinheiras
São como eu aquelas azinheiras
do montado...
Como o verão alegre põe doçuras
e sorrisos no côncavo estrelado,
aprestam, em sorrisos, seu toucado
e vão erguendo ao céu os galhos novos.
Mas sob o verde-claro dos renovos
o negro da tristeza
se lhes adensa, em rama, tristemente
nos abrigos;
e quem as vê por dentro já pressente
o inverno que ameaça a Natureza:
- igual ao que se adensa na minha alma,
igual ao que não vêem meus amigos...
"O Livro da Vida", Adeodato Barreto
(Adeodato Barreto nasceu no dia 3 de Dezembro de 1905. Morreu em 1937.)
Sem comentários:
Enviar um comentário