O salto de piracicaba
Corre placidamente a água escura do rio,
Sob a calma do céu, sobre a terra em descanso.
Apenas, quando e quando, o vento põe de manso
Na superfície da água um tremor de arrepio.
E ele caminha assim, num silencioso avanço,
Vagaroso e sutil, carrancudo e sombrio.
Às vezes se descuida e, sem um murmúrio,
Nas angras se reparte e queda-se em remanso.
Súbita a superfície afunda, esboroa... É o salto!
E o rio, a desabar no abismo formidando,
Arremessa da raiva as espumas para o alto,
À maneira de um leão, que uma bala derruba,
Levantando, ao morrer, a cabeça e mostrando
Como um troféu de guerra a poderosa juba!
Corre placidamente a água escura do rio,
Sob a calma do céu, sobre a terra em descanso.
Apenas, quando e quando, o vento põe de manso
Na superfície da água um tremor de arrepio.
E ele caminha assim, num silencioso avanço,
Vagaroso e sutil, carrancudo e sombrio.
Às vezes se descuida e, sem um murmúrio,
Nas angras se reparte e queda-se em remanso.
Súbita a superfície afunda, esboroa... É o salto!
E o rio, a desabar no abismo formidando,
Arremessa da raiva as espumas para o alto,
À maneira de um leão, que uma bala derruba,
Levantando, ao morrer, a cabeça e mostrando
Como um troféu de guerra a poderosa juba!
Sampaio Freire
(Sampaio Freire nasceu no dia 22 de Agosto de 1885. Morreu em 1945.)
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