Sou dado a invernos. Melhor que chova em Santiago. E que neve, e que a neve se faça gelo. Ou então nada disso, que ao ponto a que chegámos também não interessa, mas Santiago, sempre Santiago, mesmo sem bobsleigh e ainda que faça sol. Um dia destes lá iremos, eu, a mulher, o filho e o futuro - pobres e a pé, se Deus quiser, mas vamos. E tem de ser rápido, antes que uns certos e determinados bandalhos nos matem de doença e à fome em primeira mão.
O Neves foi ver a neve
O Neves pegou na família e foi ver a neve. Não viu. A estrada estava cortada. Por causa da neve.
Goze o confinamento
Aproveite a bênção da quarentena, sobretudo se for realmente mais do que
quinzena. Fique em casa, leia, escreva, pense, e todas as tardes durma um sono, ou
dois, consoante a
disposição e a companhia, e dormir é aqui uma forma de dizer. E ouça a chuva a bater à janela. Mas não
abra se bater leve, levemente, que a chuva não bate assim: é de certeza o
Neves, e o Neves é um chato do
caralho.
Branca e radiante
Branca de Neve brincava às casinhas com a casa dos sete anões. Com os anões brincava aos médicos, há quem diga.
P.S. - O passado domingo, terceiro do ano, foi Dia Mundial da Neve.
Sem comentários:
Enviar um comentário