Estava aqui a pensar: do que nós precisávamos realmente era de um verrumador
 encartado que nos tomasse conta do País. Sinceramente não sei se há alguém à
 altura em Portugal, mas o viagra está aí para alçar o que for preciso, digamos assim. 
Convinha-nos, creio, um estadista da casta de um John F. Kennedy, de um Bill 
Clinton, de um François Mitterrand, tão presidentes quanto adúlteros, mesmo de um nojento Donald Trump, ou
 até de um Dominique Strauss-Kahn, esse predador sem vergonha e de 
colarinho branco que não descansou enquanto não  fodeu todas as 
hipóteses que tinha de suceder a Nicolas Sarkozy, outro sedutor, no 
Palácio do Eliseu.
Mas o máximo era conseguirmos um borguista tipo Silvio Berlusconi, o octogenário italiano que, segundo o língua-de-trapos do seu médico 
pessoal, ainda aqui atrasado podia "ter, sem exagero, seis relações sexuais por semana", 
desde que descansasse ao domingo, derivado à religião.
Um homem assim é que era bom. Alguém que se concentrasse realmente no 
essencial - a mulherenguice - e que, por favor, nos saísse de cima.
(Texto publicado originalmente no dia 27 de Junho de 2011. Faltava-lhe o Trump.) 
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