Fim de tarde
Em meio a teu labor risonho ou grave,
Quer na opulenta sala ou na oficina,
Ergue tua alma, leve como uma ave,
Quando ao dia o crepúsculo domina.
Que teu cenho, afinal se desagrave,
E, do Infinito a cérula cortina,
Possa abrir-se a teus olhos para a suave
Penetração da luz da ara divina.
Sofreu, não só o que lutou no mundo.
Quem o humano porvir sonhou fecundo,
Viu, quase em cada poro, atra ferida.
Ergue, pois, ao crepúsculo, uma prece.
A Deus louvando, lembra o que padece
Pelos atalhos lúgubres da vida.
Em meio a teu labor risonho ou grave,
Quer na opulenta sala ou na oficina,
Ergue tua alma, leve como uma ave,
Quando ao dia o crepúsculo domina.
Que teu cenho, afinal se desagrave,
E, do Infinito a cérula cortina,
Possa abrir-se a teus olhos para a suave
Penetração da luz da ara divina.
Sofreu, não só o que lutou no mundo.
Quem o humano porvir sonhou fecundo,
Viu, quase em cada poro, atra ferida.
Ergue, pois, ao crepúsculo, uma prece.
A Deus louvando, lembra o que padece
Pelos atalhos lúgubres da vida.
"Almas no Espelho", Humberto Lyrio
(Humberto Lyrio nasceu no dia 29 de Novembro de 1918)
Sem comentários:
Enviar um comentário