Mr. Bean estampou-se contra uma árvore. A cena tem piada, mas não é para
rir. O comediante britânico Rowan Atkinson teve mesmo um acidente, em
Agosto de 2011, e quase desfez o carro, que por acaso não era o Mini
amarelo com aloquete (cadeado, se lido em Lisboa) da famosa série de
televisão, mas um McLaren F1 que, segundo leio, é caro que eu sei lá e dá mais de 380 à hora. Tento imaginar que 380 à hora deve ser muito à hora, à hora de mais, mas não
consigo, não faço ideia. A reparação do automóvel - se é que se pode
chamar automóvel a este avião de calças curtas - custou à companhia de
seguros mais de um milhão de euros. E eu também não sei quanto é um
milhão de euros. Não faço ideia, por mais que tente imaginar.
A história tem que se lhe diga e está muito bem contada na edição online do Expresso de ontem. De ontem. Foi em Agosto de 2011.
A inveja é uma cena que não me assiste. Mr. Bean que tenha o carro que
quiser e os jogadores de futebol também. Ganham bom e merecido dinheiro, melhor
para eles. Que o gastem como quiserem e que gastem muito, que é bom para
nós todos, até para as oficinas, que eles espetam-se como tordos. Do
fundo do coração, o que lhes estimo é o que lhes desejo. E que, com a
graça de Deus, seja sempre só chapa. Mas, tenho que confessar, não
percebo a queda desta gente para carros de mil à hora só para ir de
casa ao café e do café para casa. Sabem o que se diz: grande bomba, pila pequena? Pois se
calhar. Não estudei para isso, não faço ideia. E mais até estou à vontade
sobre o assunto: não tenho carro nem sequer sei conduzir...
Hernâni
ResponderEliminarConheci(mal), agora já nem sequer conheço, um indivíduo que, certo dia comprou um TURBO, como as viagens dele eram essencialmente trabalho casa, casa trabalho, perguntei a mim próprio, para que raio quer ele quer um carro daqueles...?
Um dia perguntei-lhe: a resposta surgiu meio enrolada - "é que, lá na minha zona, as linhas contínuas são mais que muitas, a não ser num determinado local em que passa a descontínua, aí, eu acelero, passo uns quantos e sempre recupero alguma coisa.
Só sei que estava-mos à mesa de um restaurante e que chorei de tanto rir.
Mas lá está, cada um gasta o seu dinheiro como muito bem entende.
G.J.
"Só sei que estava-mos à mesa de um restaurante...". Estava-mos? Meu deus, em tempos idos aprendia-se a conjugar e a escrever correctanmente o verbo estar.
ResponderEliminarCaro anónimo.
ResponderEliminarAssumo o erro. Até porque, eu sei bem que a palavra não tem separação alguma, mas, por vezes acontece, não será só a mim, descuidar-me quando escrevo na blogosfera, sem preocupações de maior.
Fala o caro anónimo dos "tempos idos", isso agrada-me bastante! Pena tenho eu, de não ter tido oportunidade de aprender a conjugar direitinho esse e outros verbos. Acontece porém que, em vez disso, aos dez anos de idade já trabalhava arduamente "para merecer" o pão que comia.
Também lhe posso dizer que uma década depois já era carne para canhão lá na longínqua selva angolana. Voltaria à vida civil já com vinte e cinco anos e com preocupações de outra ordem.
Vou parar por aqui, pedindo desculpa pelo tempo que lhe roubei. Tempo que lhe será precioso para aprender a escrever a palavra «CORRECTAMENTE».
Gaspar de Jesus
Mesmo passados dois dias, acho que ainda estou a ouvir o anónimo a engolir em seco...
ResponderEliminarEheheheheheh
Abraço, Gaspar. E, obviamente, também para o se Nane.
P.
Abraço.
Eliminar