sábado, 9 de fevereiro de 2013

Grande bomba, pila pequena?

Mr. Bean estampou-se contra uma árvore. A cena tem piada, mas não é para rir. O comediante britânico Rowan Atkinson teve mesmo um acidente, em Agosto de 2011, e quase desfez o carro, que por acaso não era o Mini amarelo com aloquete (cadeado, se lido em Lisboa) da famosa série de televisão, mas um McLaren F1 que, segundo leio, é caro que eu sei lá e dá mais de 380 à hora. Tento imaginar que 380 à hora deve ser muito à hora, à hora de mais, mas não consigo, não faço ideia. A reparação do automóvel - se é que se pode chamar automóvel a este avião de calças curtas - custou à companhia de seguros mais de um milhão de euros. E eu também não sei quanto é um milhão de euros. Não faço ideia, por mais que tente imaginar.
A história tem que se lhe diga e está muito bem contada na edição online do Expresso de ontem. De ontem. Foi em Agosto de 2011.
A inveja é uma cena que não me assiste. Mr. Bean que tenha o carro que quiser e os jogadores de futebol também. Ganham bom e merecido dinheiro, melhor para eles. Que o gastem como quiserem e que gastem muito, que é bom para nós todos, até para as oficinas, que eles espetam-se como tordos. Do fundo do coração, o que lhes estimo é o que lhes desejo. E que, com a graça de Deus, seja sempre só chapa. Mas, tenho que confessar, não percebo a queda desta gente para carros de mil à hora só para ir de casa ao café e do café para casa. Sabem o que se diz: grande bomba, pila pequena? Pois se calhar. Não estudei para isso, não faço ideia. E mais até estou à vontade sobre o assunto: não tenho carro nem sequer sei conduzir...

5 comentários:

  1. Hernâni
    Conheci(mal), agora já nem sequer conheço, um indivíduo que, certo dia comprou um TURBO, como as viagens dele eram essencialmente trabalho casa, casa trabalho, perguntei a mim próprio, para que raio quer ele quer um carro daqueles...?
    Um dia perguntei-lhe: a resposta surgiu meio enrolada - "é que, lá na minha zona, as linhas contínuas são mais que muitas, a não ser num determinado local em que passa a descontínua, aí, eu acelero, passo uns quantos e sempre recupero alguma coisa.
    Só sei que estava-mos à mesa de um restaurante e que chorei de tanto rir.
    Mas lá está, cada um gasta o seu dinheiro como muito bem entende.
    G.J.

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  2. "Só sei que estava-mos à mesa de um restaurante...". Estava-mos? Meu deus, em tempos idos aprendia-se a conjugar e a escrever correctanmente o verbo estar.

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  3. Caro anónimo.
    Assumo o erro. Até porque, eu sei bem que a palavra não tem separação alguma, mas, por vezes acontece, não será só a mim, descuidar-me quando escrevo na blogosfera, sem preocupações de maior.
    Fala o caro anónimo dos "tempos idos", isso agrada-me bastante! Pena tenho eu, de não ter tido oportunidade de aprender a conjugar direitinho esse e outros verbos. Acontece porém que, em vez disso, aos dez anos de idade já trabalhava arduamente "para merecer" o pão que comia.
    Também lhe posso dizer que uma década depois já era carne para canhão lá na longínqua selva angolana. Voltaria à vida civil já com vinte e cinco anos e com preocupações de outra ordem.
    Vou parar por aqui, pedindo desculpa pelo tempo que lhe roubei. Tempo que lhe será precioso para aprender a escrever a palavra «CORRECTAMENTE».
    Gaspar de Jesus

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  4. Mesmo passados dois dias, acho que ainda estou a ouvir o anónimo a engolir em seco...
    Eheheheheheh
    Abraço, Gaspar. E, obviamente, também para o se Nane.
    P.

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