quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Onde páram as crianças... ou as mochilas?

As notícias dizem isto: António Parada, presidente da Junta de Freguesia de Matosinhos, está a dar uma mão a duas empresas que criaram e vendem uma mochila escolar com um dispositivo de GPS que alegadamente permite aos pais localizar e "controlar" os filhos. Por cerca de 300 euros a unidade. E contra isso nada.
Parada, socialista e assumido candidato a candidato à Câmara de Matosinhos nas eleições do próximo ano, explica que, através deste produto, os pais montam uma "cerca virtual de segurança", considerada a zona onde as crianças poderão circular sem perigo, sendo que, assim que esta delimitação for ultrapassada, de imediato os encarregados de educação são avisados. "O pai recebe um SMS a informar que o filho não está no percurso habitual e que algo de errado se está a passar. Através de uma palavra-passe e um sistema informático, irá detectar online onde a criança de encontra", concretiza o autarca.
A vida está difícil, quase já não há empregos fora da política. Cada um vai à luta com o que tem e António Parada não tem oficinas municipais para reparar ambulâncias dos bombeiros como Guilherme Pinto, o outro desesperado. Parada tem o GPS, mas creio que se enganou no caminho: se bem percebo as notícias (e dei-me tempo para tentar perceber), o negócio que ele promove serve para localizar mochilas, não crianças. Mochilas que podem ser roubadas, perdidas, esquecidas, abandonadas, procuradas, localizadas e encontradas num lugar qualquer. Mas não quer dizer que as crianças também lá estejam. Mochilas que até podem fazer o "percurso normal", dentro da "cerca virtual de segurança", mas as crianças não. A não ser que os pais implantem o GPS no pescoço dos filhos. E esse há-de ser certamente o passo seguinte. Esperem pelo Parada.

7 comentários:

  1. Curiosamente esse foi o meu primeiro pensamento quando ouvi falar destas mochilas.... um tipo que vai raptar (ai como fica engraçada esta palavra se o novo AO lhe tocasse - ratar)uma criança... se souber que a mochila tem GPS ou abandona a mochila ou retirava o GPS à mochila.

    Como diz o Hernani, a solução é colocar no pescoço o GPS porque se for numa mão, num sei se o "rator" não lhe cortava a mão...


    Um abraço.

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  2. Dispositivo GPS. Muito bem! Faltam trela de 25cm, açaime, boletim de vacinas dentro da própria mochila (devidamente actualizado) e seguro de responsabilidade civil (mínimo 50 mil €)... isto, apenas, para os meninos potencialmente mal comportados.

    j.

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  3. Pois é meus caros! A ignorância realmente é algo que não se aprende é inato.
    Criticam por haver uma tentativa de reduzir a falta de segurança da crianças.
    Criticam por alavancar a economia nacional, permitindo 2 empresas portuguesas de comercializar os seus produtos!
    Criticam porque o GPS está nas mochilas....bem onde poderia estar mais minhas mentes brilhantes?! Pois, só em mentecaptos é que referem o pescoço!!
    Mas já não criticam as vossas sugestões para melhorar a sociedade...ah! pois, não são nenhumas, não têm capacidade intelectual para mais, claro!
    Sejam uma vez na vida, inteligentes e façam um favor à sociedade...guardem a vossa ignorância para vocês próprios....ter liberdade de expressão não é atentar contra a inteligência dos outros...

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    1. Ó alminha, não consegue perceber que se os filhos perderem as mochilas ou se lhes roubarem as mochilas, é atrás das mochilas que os pais vão e não das crianças, porque exactamente é nas mochilas que os GPS estão? É assim tão difícil de alavancar?

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    2. Caro anónimo de 6 de Setembro de 2012 19:26...enfim...a cabecinha não dá para mais pois não.

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  4. Eu disse logo que era, só, para os meninos potencialmente mal comportados!...

    j.

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