sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A porta da rua é a serventia da casa

É já um clássico. Pedro Passos Coelho a entrar pelas portas dos fundos, disfarçado de disfarçado, borrado de medo de enfrentar o povo. Foi assim ontem outra vez, numa fábrica de chocolates de Vila do Conde. Lá dentro, cheio de paredes e costas quentes, o alegado primeiro-ministro teve um tirada que lhe pode vir a ser fatal. Disse ele, mais lerdinho era impossível: "Aqueles que realmente se preocupam [com o País] não podem ficar em casa, não podem ficar envergonhados, não se podem retrair, têm que falar publicamente". Disse ele (ninguém o avisa da toléria?), na véspera das manifs marcadas para mais de 30 cidades, contra a troika e seus asseclas. Façamos-lhe então a involuntária vontade, ó gente preocupada: que ninguém fique hoje em casa, que ninguém se cale. Mais dia menos dia, será também pela porta dos fundos que Passos Coelho há-de sair. De vez.

4 comentários:

  1. Eu quando o ouvi até puxei a coisa atrás... e, pensei: "será que ouvi bem??? Terei percebido??? Este pateta está a apelar a uma contra-manifestação?! Ah... não! A merda do vinho caiu-me mal..."

    j.

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  2. Tal como o anterior comentador, eu também me engasguei com a bucha que acabara de meter à boca. também achei que devia deixar de beber vinho verde fresquinho. Mas não o PULHA disse mesmo isso. Será que vamos ter contra-manife amanhã à tarde? Será que a cáfila do 1º Ministro Ângelo Correia vai pôr a cabeça de fora...?

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  3. Sim, ele disse. Entre outras coisas, para mandar uma carga de porrada aos manifestantes, comme d'habitude...

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  4. O PM está nitidamente confuso e desorientado, e a emagrecer a olhos vistos. È natural: não está habituado a trabalhar. Consta, aliás que a tirada lafontaineana do Miguel Macedo lhe era dirigida.
    M.

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