Os franceses são uns exagerados. Os parisienses abusam. E se o assunto for o amor,
l'amour, então é que ninguém os atura. Compreende-se: os parisienses são os únicos que realmente têm sempre Paris. "Casablanca" é omisso quanto a aloquetes (cadeados, se lido em Lisboa). Não se sabe, por isso, se Rick e Ilsa se juraram aferrolhadamente um ao outro numa qualquer ponte da Cidade Luz e deitaram a chave ao rio, como agora se usa, mas vamos admitir que sim. Era bonito ter começado dessa maneira, no Sena, a moda que por acaso até já chegou
cá, graças a Deus temperada com recato e parcimónia, como convém a um país de brandos costumes.
Agora olhem-me estes parisienses (parisienses de todo o mundo) e vejam o que é que eles fizeram a uma pequena ponte pedonal, entre Notre-Dame e o Louvre. Isto já não é sexo em grupo para aloquetes. Isto é um pesadelo, bunga-bunga
à la française, bacanal de cadeados em nome do amor eterno enquanto dura. Um dia a ponte vem abaixo e depois admiram-se com os divórcios...
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Foto MANUEL FLÓRIDO |
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Foto MANUEL FLÓRIDO |
Grande Manuel Flórido. Excelente participação.
ResponderEliminarG.J.
Olá,caros Hernâni e Gaspar.
EliminarObrigado aos dois, ao Hernâni pelo excelente texto e ao Gaspar pela apreciação do Mestre ao nem sequer principiante. Com o sistema digital e as máquinas automáticas é fácil «bater chapas» (como se dizia antigamente). Um grande abraço a ambos é ate ao próximo almoço...
M. Flórido
Obrigadíssimo eu, caro Manuel Flórido. As fotos são um mimo. E as que acabam de chegar não lhes ficam atrás, antes pelo contrário. Goze muito, faça o favor de continuar a ter um boa viagem e, então, até ao próximo almoço.
EliminarAbraço,
h.