Hoje é Dia Mundial da Qualidade, e eu acho justo. É preciso que se note que o meu primeiro emprego com descontos para a Caixa foi exactamente como "controlador de qualidade", que era o nome que deram ao meu trabalho de "fiel de armazém", que era o nome que não deram ao meu trabalho de faz-tudo, isto é, moço de recados, na Estamparia Marigam, em Fafe. Sei portanto do que falo e não sei se estão a ver que, sendo eu o operário que fui, estou plenamente capacitado para ser secretário-geral do PCP, tal e qual como o bom do Paulo Raimundo, que uma vez também foi operário. E no entanto desconheço a que qualidade de qualidade diz respeito o Dia Mundial da Qualidade. Isto é: estamos a falar de boa qualidade ou de má qualidade? De qualidade de vida ou de qualidade de morte? Afirmar-se apenas "da Qualidade" é muito pouco, é abstracto, é obscuro. Em última análise, até podemos estar a celebrar uma qualidade sem qualidade nenhuma. Pelo menos é o que eu acho.
P.S. - Hoje é Dia Mundial da Qualidade.
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