Declaração
As aves, como voam livremente
 num voar de desafio!
 Eu te escrevo, meu amor,
 num escrever de libertação.
 Tantas, tantas coisas comigo
 adentro do coração
 que só escrevendo as liberto
 destas grades sem limitação.
 Que não se frustre o sentimento
 de o guardar em segredo
 como liones, correm as águas do rio!
 corram límpidos amores sem medo.
 Ei-lo que to apresento
 puro e simples -  o amor
 que vive e cresce ao momento
 em que fecunda cada flor.
 O meu escrever-te é
 realização de cada instante
 germine a semente, e rompa o fruto
 da Mãe-Terra fertilizante.
António Jacinto
(António Jacinto nasceu no dia 28 de Setembro de 1924. Morreu em 1991.)
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