domingo, 9 de agosto de 2020

No tempo das cervejas

Uma vez, em pleno pino de Verão, de férias, passeei Lisboa durante um dia inteiro sem beber uma cerveja, e bem era o tempo delas. Bati as capelas todas. Entrava aqui, entrava ali, e pedia "Uma Super Bock, se faz favor!", ou perguntava "Por favor, a imperial é Super Bock?", que não há e que não é - era Sagres e Sagres, respondiam-me invariavelmente, como se estivessem todos ensaiados e me desconhecessem de algum lado. Bebi água como a minha mulher, eu quase morria, e foi a maior e mais perigosa acção de protesto que levei a efeito em toda a minha vida.

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