Antes de sermos sereno
Vem, navega por todas as veredas do meu corpo
até se perder nas entranhas mais profundas.
Vem, desliza afoito
no voraz mar que me envolve
e, quanto submerso,
nos recônditos abissais
faze refulgir o berço do prazer
para retardar o ocaso que se avizinha.
Vem, enquanto há trilhas a serem caminhadas
e mar a navegar.
Vem, enquanto for possível se perder
e naufragar.
Vem, enquanto me guardo sedento.
Apressa-te!
[...]
"Réquiem para o Infinito", Benito Barros
(Benito Barros nasceu no dia 24 de Abril de 1957. Morreu em 2010.)
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