Hoje, relendo a Bíblia da existência,
Parei, chorando, em meio da leitura;
Havia em tudo emanações da essência
De teu sorriso e minha desventura.
Em cada trecho, eu ia relembrando
O teu perfil esplêndido e sonoro,
- Sombra que passa, célere, cantando
A minha mágoa, pela tuba de ouro.
E, como sombras hipnotizadas,
Passa, chorando, o triste amor desfeito,
O cortejo das almas desgraçadas;
E ris; teu riso é como uma ironia
Que vem desabrochar dentro em meu peito
O eterno lótus da Melancolia.
Júlio Perneta
(Júlio Perneta nasceu no dia 27 de Dezembro de 1869. Morreu em 1921.)
Parei, chorando, em meio da leitura;
Havia em tudo emanações da essência
De teu sorriso e minha desventura.
Em cada trecho, eu ia relembrando
O teu perfil esplêndido e sonoro,
- Sombra que passa, célere, cantando
A minha mágoa, pela tuba de ouro.
E, como sombras hipnotizadas,
Passa, chorando, o triste amor desfeito,
O cortejo das almas desgraçadas;
E ris; teu riso é como uma ironia
Que vem desabrochar dentro em meu peito
O eterno lótus da Melancolia.
Júlio Perneta
(Júlio Perneta nasceu no dia 27 de Dezembro de 1869. Morreu em 1921.)
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