Um estrangeiro, percorrendo a bela província de S. Paulo, escreveu as impressões da sua viagem, que foram publicadas em um jornal da época.
Em um dos períodos desse escrito nos recordamos de ter lido que o autor se impressionara vivamente por ter encontrado nas nossas estradas algumas cruzes, tomando todas elas como testemunho de assassinatos cometidos nesses lugares.
Quem tiver lido esse trecho, a que nos referimos, pensará que o Brasil é habitado por bárbaros vingativos, como os corsos, sempre com a faca em punho ou com o bacamarte engatilhado, e que este solo abençoado, que serviu de berço ao nobre Amador Bueno da Ribeira, é mais fertilizado pelo sangue precioso de seus filhos do que pelos rios caudalosos que regam as suas entranhas, e pelas chuvas, ora tempestuosas, as mais das vezes bran das e serenas, que humedecem a sua superfície.
Até certo ponto não cndenamos o autor com toda a indignação, com toda a severidade que exige uma difamação tão afrontosa quão imerecida, contra a qual protestam altamente a nossa civilização, a nossa moralidade, os nossos costumes brandos, pacíficos e nobres.
Além do direito de adulterar, a que se têm arrogado todos os estrangeiros que têm escrito acerca da nossa terra, podia esse autor ser iludido pelas impressões de momento, por factos isolados, por informações inexactas.
Verdade é que uma ou outra cruz plantada à beira das nossas estradas revela ao viajante que ali tombou uma vítima que seguia seu caminho, talvez a cismar no anjo que deixara entre suspiros e lágrimas.
Em um dos períodos desse escrito nos recordamos de ter lido que o autor se impressionara vivamente por ter encontrado nas nossas estradas algumas cruzes, tomando todas elas como testemunho de assassinatos cometidos nesses lugares.
Quem tiver lido esse trecho, a que nos referimos, pensará que o Brasil é habitado por bárbaros vingativos, como os corsos, sempre com a faca em punho ou com o bacamarte engatilhado, e que este solo abençoado, que serviu de berço ao nobre Amador Bueno da Ribeira, é mais fertilizado pelo sangue precioso de seus filhos do que pelos rios caudalosos que regam as suas entranhas, e pelas chuvas, ora tempestuosas, as mais das vezes bran das e serenas, que humedecem a sua superfície.
Até certo ponto não cndenamos o autor com toda a indignação, com toda a severidade que exige uma difamação tão afrontosa quão imerecida, contra a qual protestam altamente a nossa civilização, a nossa moralidade, os nossos costumes brandos, pacíficos e nobres.
Além do direito de adulterar, a que se têm arrogado todos os estrangeiros que têm escrito acerca da nossa terra, podia esse autor ser iludido pelas impressões de momento, por factos isolados, por informações inexactas.
Verdade é que uma ou outra cruz plantada à beira das nossas estradas revela ao viajante que ali tombou uma vítima que seguia seu caminho, talvez a cismar no anjo que deixara entre suspiros e lágrimas.
"A Cruz de Cedro", Antônio Joaquim da Rosa
(Antônio Joaquim da Rosa nasceu em 1821. Morreu no dia 27 de Dezembro de 1886.)
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