Plenilúnio
Noites de estio, noites silenciosas,
Em que a luz do luar imita o dia,
Como é suave à nossa fantasia
Vagar por vossas sendas luminosas!
Nada se escuta. As vagas marulhosas
Lambem
de manso a negra penedia.
No céu azul os astros à porfia
Vertem no espaço lágrimas saudosas.
Por toda a parte a paz, a paz amena
Que o escravizado espírito dilata,
Livre das sombras de aflitiva pena.
Pálida lua - lâmpada de prata -
Leva num raio teu de luz amena
Uma saudade minha àquela ingrata.
Luís de Sousa Monteiro de Barros
(Luís de Sousa Monteiro de Barros nasceu no dia 20 de Fevereiro de 1848. Morreu em 1896.)
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