O homem caminhava vagarosamente ao lado da mulher. Curvado pelo peso de, fiz as contas, setenta e tantos anos bem medidos, caminhava ainda assim com uma dignidade evidente. O homem velho, de casaco e digno, pé ante pé até ao café de praia e ao milagre do sol-pôr, levava as mãos atrás das costas. E nas mãos, reparei, um livrinho da Colecção Vampiro: "O Imenso Adeus", de Raymond Chandler.
Caramba!, és cá dos meus - pensei. E apeteceu-me dar-lhe um abraço...
P.S. - Raymond Chandler, se fosse vivo, faria hoje 128 anos. O que seria extraordinário.
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