Jorge Jesus é um mestre, um guru. São cada vez mais os seus seguidores, futebolisticamente falando e gramaticalmente chutando. Obliteremos por hoje a bola (que até está bem encaminhada) e atenhamo-nos à língua.
Olavo Bilac, o dos Santos & Pecadores, ouço-o na rádio a cantar o badalado "Trem das Onze", do também rouco porém extraordinário Adoniran Barbosa. O nosso Bilac canta ao vivo, numa apresentação, parece-me, do seu primeiro disco a solo, "Músicas do Meu Mundo", coisa bonita da lusofonia. E diz o artista português, na hora da despedida: "Muito obrigado por terem vindo. Espero gostarem desta nossa música..."
"Espero gostarem". Está certo. Jorge Jesus não diria melhor. Nem os pândegos do "Portugalex" da Antena 1.
O outro Olavo Bilac, o brasileiro, é que espernearia, como já aqui esperneou: "A Pátria não é a raça, não é o meio, não é o conjunto dos aparelhos econômicos e políticos: é o idioma criado ou herdado pelo povo. Um povo só começa a perder a sua independência, a sua existência autônoma, quando começa a perder o amor do idioma natal. A morte de uma nação começa pelo apodrecimento da língua".
E, entretanto, lusofonemos.
Subscrevo por inteiro Hernâni.
ResponderEliminarG.J.