Uma rapariga da minha idade, isto é, uma idosa, na velha rua comercial de Matosinhos, de braço dado e discutindo alegremente com o neto, moço com ares de universitário repetente e bem disposto. Quadro bonito. Flagrante exemplar do eterno conflito de gerações, a sabedoria dos antigos contra a ignorância de hoje em dia. E diz ela, toda despachada e gramatical, aritmética, falando para o rapaz, sim, mas sobretudo para o redor, para quem a quisesse ou não ouvir, e suspeito que especialmente para mim, que lhe pareço de igualha: - O quê? Eu até sei as letras romanas, quanto mais! Vós é que não sabendes nada...
E realmente.
E realmente.
P.S. - Hoje é Dia Internacional do Idoso.
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