Desilusão
Meu verso é um lago onde erram, doloridas,
à hora em que a luz do sol morre em palores,
sombras de árvores velhas, esquecidas,
que morreram sem frutos e sem flores.
No apagado cristal em que, diluídas,
se debruçam, tristonhas e incolores,
semelham, no ermo espelho refletidas,
passadas ilusões de meus amores...
Mal sabeis vós que o lago nunca estanque
de que vos falo é o doloroso tanque
do pranto amargo que fazeis verter
todo o meu coração desiludido,
neste inferno de amor incompreendido
que se eterniza no meu próprio ser!
Otacílio de Azevedo
(Otacílio de Azevedo nasceu no dia 11 de Fevereiro de 1892. Morreu em 1978.)
Meu verso é um lago onde erram, doloridas,
à hora em que a luz do sol morre em palores,
sombras de árvores velhas, esquecidas,
que morreram sem frutos e sem flores.
No apagado cristal em que, diluídas,
se debruçam, tristonhas e incolores,
semelham, no ermo espelho refletidas,
passadas ilusões de meus amores...
Mal sabeis vós que o lago nunca estanque
de que vos falo é o doloroso tanque
do pranto amargo que fazeis verter
todo o meu coração desiludido,
neste inferno de amor incompreendido
que se eterniza no meu próprio ser!
Otacílio de Azevedo
(Otacílio de Azevedo nasceu no dia 11 de Fevereiro de 1892. Morreu em 1978.)
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