Conta-se que, há muitos anos, num lugar de Moreira de Rei, existia uma enorme cobra (bicha) escondida nos silvedos, que trazia as populações aterrorizadas, pois comia as pessoas e os animais que por ali passavam. [...]
Copiado do blogue Falaf Magazine
A lenda da bicha das sete cabeças de Silvalde
Conta-se que, junto à ribeira de Silvalde, nas proximidades de uma ponte, havia um campo onde uma mulher trabalhava. Um dia, viu vir em sua direcção "um bicho nunca visto, que só de cabeças tinha muitas" e de cujas intenções a mulher fez tal juízo que logo deitou a correr no meio de uma grande gritaria. [...]
A Câmara de Fafe deu corda a mais uma iniciativa, digamos, cultural: uma "residência artística" virada sobretudo para a música e para o grafito - como foi anunciada. Tenho uma opinião formadíssima sobre este tipo de "iniciativas culturais" de barriga cheia e salas vazias (as fotografias são muito traiçoeiras!), e tenho raivinha por ninguém me oferecer assim uma semana de pensão completa só para estar, e bolinhos de bacalhau e tripas e vitela no Fernando da Sede, mas não é isso que me interessa aqui. Quero falar da bicha.
Ouvidos os doutores historiadores municipais, a pièce de résistance do departamento grafiteiro foi a pintura de um mural na Praça das Comunidades (sítio da feira semanal), alusivo à Bicha das Sete Cabeças, essa lenda tão exclusivamente fafense como as lendas das mouras encantadas são exclusivas de pelo menos cento e trinta e sete concelhos pelo país de cima a baixo e vice-versa.
Ora bem. Fafenses. Temos um lenda, nossa, só nossa, única, identificativa de uma gente pacata mas que não aceita levar desanda para casa. E essa gente somos nós, ou se calhar éramos nós. E eu bem gostava de ver a nossa lenda contada tintim por tintim no muro da feira. É uma lenda tão única e tão só nossa que até leva o nome da nossa terra. Olhem que bonito: Justiça de Fafe. Mas não, os coninhas da Câmara têm vergonha e têm-lhe medo. Preferem a bicha.
Coninhas...
ResponderEliminar