Disse o Papa: "Proclamar o amor redentor de Deus é um dever prioritário, antes do dever moral e religioso. Mas hoje parece que muitas vezes acontece o contrário". Pois parece. Francisco falava da missão dos ministros da Igreja e eu gostei. Era um raspanete ao pessoal, mais um. E gostei também que viesse nos jornais. Estou farto de dizer a mesma coisa, mas a mim ninguém me liga.
No fundo, o Papa apela aos cardeais, bispos e padres para que metam na devida ordem as suas próprias urgências pastorais, para que se organizem em bondade e misericórdia, para que (re)aprendam a distinguir o essencial do acessório, para que se deixem de cinismos. O Papa acorda-os para o mundo e para Deus. Pede-lhes que sobretudo amem - tão simples como isto.
O Papa quer que os cardeais, bispos e padres saiam das suas zonas de conforto, das cadeirinhas de fiscais de consciências e julgadores de comportamentos e práticas onde boloram há que séculos. E que amem o próximo, como foram ensinados a pregar aos outros. Mas podem ficar descansadas as almas mais conservadoras e sacristas. As palavras de Francisco não são senha para a revolução. Parecem-me até declarações retrógradas, reaccionárias sem sombra de dúvida: devolvem-nos ao princípio, aproximam-nos de Deus - que é Amor -, mandam-nos de volta ao que Jesus nos ensinou.
adorei
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