quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Bienal, como o próprio nome indica

Era a melhor das intenções. Na sua voz maviosa, a locutora da rádio fazia o elogio e o convite à visita à Bienal de Cerveira - "há 17 anos" a levar ao Alto Minho a nata da arte plástica nacional e internacional. Pois. Dezassete anos, contas bem feitas, porque este ano é a décima sétima edição do evento e portanto não há que enganar. A locutora da voz maviosa (já disse que a voz era maviosa, não já?) ignora que a Bienal de Cerveira começou em 1978 - há 35 anos, assim é que está certo - e que as bienais, como o próprio nome indica, realizam-se de dois em dois anos. Mas isso são pormenores.
Perdoo a ignorância da locutora. Eu próprio já escrevi que Vila Nova de Cerveira perde muito por não fazer a Bienal todos os anos. Mas era uma laracha das minhas: tenho a mania da piada fina, não falo na rádio e raramente falo a sério. Perdoo a locutora por causa da sua voz definitivamente maviosa, minha companhia pelos nevoeiros matinais do Parque da Cidade, e porque a seguir ela me deu "Purple Rain", versão Urselle. Claro que era muito melhor o extraordinário original de Prince, mas se calhar não é suficientemente smooth.

P.S. - A 17.ª Bienal de Cerveira tem portas abertas até ao próximo sábado, 14 de Setembro. Restam quatro dias para aproveitar.

3 comentários:

  1. Bienal de dois em dois anos? Isso não é trienal?
    E, em Cerveira, a feira não é semanal? De cultura não percebo mesmo nada...
    Grande abraço,
    P.

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