Foto Hernâni Von Doellinger |
As "obras" da Kasa da Praia, as tais que iam "regressar em força" aqui há coisa de dois meses, estão entregues aos pombos. As corridas do Circuito da Boavista passaram e os operários desapareceram. Era o que eu dizia.
A Kasa da Praia é uma das sobras da Capital Europeia da Cultura, Porto 2001. Dois mil e um - digo bem. A ideia era pegar nas paredes do velho edifício do CLIP e meter lá dentro um restaurante e bar dançante, coisa fina abrilhantada também com serviço de pequeno-almoço e salão de chá. Ideia peregrina. Que caminhou pelos jornais, com notícias vá-se lá saber porquê em 2002, em 2003, em 2004, em 2005, em 2007 e em 2008, mas sem sair do papel. Do papel de jornal, entenda-se. A inauguração foi prometida em 2009, passou-se 2010, passou-se 2011, e em Março de 2012 deitaram o miolo abaixo, e com grande estrondo. Mas apenas, e outra vez, na chamada comunicação social. A coisa ficou assim até ao lifting facial do pretério mês de Junho, para não parecer mal aos camones dos popós. E a partir daí, nada.
Antes de ser CLIP - Colégio Luso-Internacional do Porto, escola para meninos ricos e excelente -, aquela casa sem kapa foi posto de transformadores e de rectificadores de mercúrio para fornecimento de energia aos eléctricos da Invicta. Tem história, portanto, e uma localização que é um luxo: no limite ocidental do Parque da Cidade, agora em cima da praia, entre o Castelo do Queijo e o Edifício Transparente. Quem dera a muitos...
Mas já lá vão doze anos - 12 anos, digo bem - e o que temos ali são ruínas. Ruínas muito bem pintadas por fora, é preciso que se diga, porque isto não é uma crítica, ainda menos reclamação. Eu apenas tomo nota, de resto até gosto daquilo conforme está.
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