sexta-feira, 10 de maio de 2013

Quereis livros? Tomai lá carros!

Tenho um amigo que era um ferrinho na Feira do Livro do Porto. Para ele, aqueles quinze dias eram sagrados - reservados e ansiosamente esperados desde o fim da edição anterior. Todos os dias lá ia, o meu amigo: palestras, sessões de autógrafos, sessões de leitura, lançamentos, conferências, debates, horas do conto, teatrinhos e cantigas, topava a tudo. E todos os dias comprava um livro, pelo menos um. Não sei se também roubava, acho que já não, mas roubar livros também faz parte. O meu amigo, ele próprio praticamente escritor, era o sócio n.º 1 da Feira do Livro do Porto, de lugar cativo e ao longe, um discreto Emplastro a quem a organização do evento deveria ter singela e significativamente homenageado enquanto podia. Agora não pode, porque não há Feira do Livro do Porto.
E o meu amigo? O meu amigo comprou bilhetes para os dois fins-de-semana das corridas da Boavista. E está bem contente. Vrooom!...

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