O que me interessa é isto: Jorge Ortiga não é um qualquer. E eu quero pressentir nas palavras do prelado bracarense a mão fraterna que a Hierarquia da Igreja Católica recusou, hipócrita e cobardemente, a Januário Torgal Ferreira quando, há quatro ou cinco dias, o bispo das Forças Armadas foi lapidado na praça pública por também ter opinião. Vejo aqui, atrasado e solitário, o gesto da mais elementar caridade cristã que a Conferência Episcopal preferiu substituir pelo assobio.
E se calhar nem é nada disto. D. Jorge nunca mo dirá. Mas agradeço-lhe na mesma: hoje vou deitar-me com esta dúvida que me reanima: e se de repente tivermos Igreja?
Portugal precisa urgentemente da Igreja. Porque não há mais nada, mais ninguém. Infelizmente, duvido que a Igreja esteja à altura do repto. Não há muitos como D. Januário.
ResponderEliminarM.A.
Caro Hernâni: nós somos o país do «insulto delicadinho». Exemplifico: «V.Exa. foi menos verdadeiro nas afirmações que fez aqui há momentos». O povo, essa cambada que pr'aí anda, diria: «você é um aldrabão do carago». Claro que as élites (boa piada, não foi?) não se importam nada que lhe chamem aldrabões desde que seja de forma delicada. Porque muito gente não entende essa do «ser menos verdadeiro». A verdade é só uma, e não é mais, nem menos. Mas dá jeito ser delicadinho. Santo país este...
ResponderEliminarUm abraço.
M. Flórido
Obrigado pela visita e pelo comentário, amigo M. Flórido. Abraço,
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