sexta-feira, 22 de junho de 2012

Se não fosse o PS, estávamos bem lixados

Os portugueses não têm dinheiro. Os portugueses não têm trabalho. Por uma boa causa, como lhes disseram: para salvar o País. Não sei quem foi que se esqueceu de o prever, mas as receitas fiscais caíram 3,5 por cento até Maio e ficam bastante aquém da meta do Governo. O défice do Estado aumentou 35 por cento nos cinco primeiros meses do ano e a execução orçamental está comprometida. Isto se calhar anda tudo ligado, mas eu não sou perito.
Já se adivinham novos impostos sobre quem não tem dinheiro nem emprego, nem razão nenhuma para pagar impostos. Fala-se do imposto de sobrevivência: respira, paga! Os funcionários públicos poderão ficar sem o 12.º mês. As reformas serão ultracongeladas e os reformados também. José Luís Arnaut vai para administrador da REN. Miguel Cadilhe, Eduardo Catroga, António Mexia, Faria de Oliveira, Jorge Coelho, Ferreira do Amaral, Armando Vara, José Penedos, Dias Loureiro, Mira Amaral, Pina Moura, Ângelo Correia, Fernando Gomes, Celeste Cardona, António Vitorino e mais alguns do exclusivíssimo Clube dos Sempre os Mesmos também lá vão andando, sabe Deus como.
Salva-nos o PS, que está "intransigentemente contra qualquer tentação de agravar a dose de austeridade" na sequência dos números ontem divulgados. O PS não é para brincadeiras: depois da "abstenção violenta", agora "intransigentemente contra". O PS gosta de palavras. Um dia destes ainda faz qualquer coisa.

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