sábado, 9 de junho de 2012

O que Rui Rio diz e o que quer dizer

Rui Rio foi à Curia dar uma aula de autarquismo ao PSD e disse: "As câmaras endividadas não deviam ter eleições, mas sim uma comissão administrativa para a gestão corrente, até estarem equilibradas". Alguém do PS, de pele sensível e naquela precipitação do costume, sentiu logo aqui qualquer coisa "a roçar o antidemocrático". Sentiu mal. Na verdade, Rio não falava de "câmaras", falava da Câmara do Porto e da Câmara de Gaia. E não falava de "eleições", falava do seu inimigo figadal Luís Filipe Menezes, que deixa a Câmara de Gaia cheia de obra e dívidas (é a segunda autarquia mais endividada do País, logo a seguir a Lisboa) para saltar para a Câmara do Porto, que Rui Rio abandona por limite de mandatos.
Rio só quis apontar os faróis para Menezes e para a alegada má gestão autárquica do lado de lá das pontes. O que Rio acha é que quem, segundo o seu juízo, faz fraca figura num sítio não merece ir tentar a sorte noutro. Rio até desafiou o partido: "Estou para ver se o PSD, nas autárquicas, vai ser coerente e deixa de apoiar quem geriu mal". Quem geriu mal, estão a perceber? Me-ne-zes, estão a perceber?, disse Rio sem dizer. Não sei onde é que está a confusão.

6 comentários:

  1. Também foi isso que percebi, mas há pessoas a quem dá jeito ser sonso para fingirem que foi dita outra coisa...
    AM

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  2. É exactamente isso. O TOC tem medo que o doutorzinho venha para o Porto fazer o que ele não fez. Mas verdade seja dita: só os Portuenses poriam um guarda-livros à frente da sua Câmara, castigando aquele k foi o melhor presidente de Câmara de sempre na Invicta, contando do Jurássico para cá.
    M.

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  3. já viste que a 1ª página do JN de hoje (13 de junho) publica uma chamada para um "direito de resposta" do Rio. mas na edição online há um audio com as palavras que o dito riacho disse (no Palace da Curia) e que agora diz que não disse.

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    1. Digamos que tanto o jornal como o Rui Rio dão uma no cravo e outra na ferradura.

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