José Mário Branco. Contou a jornalista Catarina Carvalho, no DN, que José Mário Branco lhe dissera uma vez, durante a produção de um disco para uma fadista famosa, que aquilo era trabalho de rigor, de filigrana. "É chupar os ossinhos da codorniz", explicava o mestre.
Fiquei contente. José Mário Branco sabia de quase tudo e, tomem lá, até sabia de codornizes. E eu não sei de nada, mas desunho-me satisfatoriamente com as codornizes. A minha platónica relação com José Mário Branco era de admiração e reverência. Sobretudo respeito: silêncio, que se vai ouvir José Mário Branco. A partir daquele momento a nossa relação passou a ser de camaradas, acho que tenho esse direito. Que ninguém separe o que a codorniz uniu. E era mais duas bifanas e dois fininhos, se faz favor!
No mesmo DN escreve-se sobre "tetos" para os sem-abrigo em Lisboa. Tetos, pois. Quando forem horas de mamar, chamem-me.
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