sábado, 2 de dezembro de 2017

Francisco de Paula Brito 2

Lundu da marrequinha

Os olhos namoradores
Da engraçada iaiásinha,
Logo me fazem lembrar

Sua bela marrequinha.

Iaiá, não teime,

Solte a marreca
Senão eu morro,
Leva-me a breca.

Se dançando à brasileira,

Quebra o corpo a iaiásinha,
Com ela brinca pulando

Sua bela marrequinha.

Iaiá, não teime,
Solte a marreca
Senão eu morro,
Leva-me a breca.

Quem a vê terna e mimosa,

Pequenina e redondinha,
Não diz que conserva presa

Sua bela marrequinha.

Iaiá, não teime,
Solte a marreca
Senão eu morro,
Leva-me a breca.

Nas margens da Caqueirada

Não há só bagre e tainha:
Ali foi que ela criou
Sua bela marrequinha.

Tanto tempo sem beber...
Tão jururú... coitadinha
Quase que morre de sede
Sua bela marrequinha.

Francisco de Paula Brito

(Francisco de Paula Brito nasceu no dia 2 de Dezembro de 1809. Morreu em 1861.)

Sem comentários:

Enviar um comentário