Não há palavras que descrevam as maravilhas do seu corpo, a sua carne rosada e firme desmaiando, nas curvas, no tom mate de açucena; os pés de estátua grega; o ventre polido e retraído, nascendo das coxas roliças como um escudo de prata fosca e partindo-se, no remate, para inflar nos dois agudos pomos a que as vacilantes chamas do fogão davam reflexos iriados; e os longos braços a um tempo frágeis e marmóreos!...
Os meus lábios cobriam sofregamente a carne que aparecia enquanto as mãos teciam em volta do seu corpo uma apertadíssima rede de carícias...
"Novelas Eróticas", Manuel Teixeira Gomes
(Manuel Teixeira Gomes nasceu no dia 27 de Maio de 1860. Morreu em 1941.)
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