Uma vez eu era chefe e um chefe mais chefe do que eu telefonou-me, de Lisboa evidentemente, a reclamar que era preciso "foder" uma certa e determinada pessoa de quem eu era chefe, mas menos, no Porto. Eu disse que não. Que não "fodia". E expliquei-lhe. Primeiro porque não se "fodem" pessoas, ainda que fossem incertas e indeterminadas; segundo porque eu não "fodo" ninguém, por uma questão de princípio e suspeito que também de religião; terceiro porque eu resolveria facilmente o assunto sem "foder" um camarada, isso é que é liderança e competência; quarto porque eu não admitiria nem mais uma sugestão, insinuação sequer, daquele género.
O chefe que era mais chefe do que eu e estava em Lisboa, comunista de sucesso e despedidor laureado, acusou-me de bonomia, enquanto baixava a crista e metia o rabo entre as pernas, tanto quanto me deu para ver pelo teclado nojento do velho telefone. Bonomia? Fiquei "fodido". Fui ao dicionário e achei muito bem.
Se bem do que falas amigo Hernâni. Ao longo da minha carreira também apanhei desses ...quase lhes ia chamar "chefes", mas eu retifico, desses montes de bosta instalados em Lisboa, a tentar "foder os parolos do Norte".
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