O pregador subiu ao púlpito, e os seus passos seguros, pesados, degrau a degrau, ecoaram em stereo litúrgico na igreja confortavelmente vazia. Estranho... Dizia-se que era o melhor pregador da região.
O pregador não iria, porém, deixar os seus créditos por mãos alheias. Compenetrado mas decidido, agarrou nas três tachas que levava na ponta da língua, sacou do martelo que trazia à cintura, e em menos de um padre-nosso já tinha consertado a estante que o sacristão escangalhara sem querer nas arrumações da missa das sete.
Um pregador sem espetador.
ResponderEliminarjvd
Provavelmente com espetador (era um profissional muito bem equipado), mas, é verdade, sem espetadores.
EliminarHá muitos que dizem. Há poucos que fazem. Raríssimos os que dizem e fazem.
ResponderEliminarO direito a dizer, conquista-se com base no que se fez ou com o que se tentou fazer, pelo menos...
Abraço
Toni Amorim
Abraço, Toni.
Eliminar