Ajeitava-se para ser nome de romance ou título de filme de época, "Conhecimento e Sensibilidade", estão a ver?, mas é apenas Jorge Jesus no seu badalado regresso aos microfones. Proclamou o treinador do Benfica na insuspeita televisão do clube, perguntado por José Eduardo Moniz: "O meu conhecimento e sensibilidade dizem-me que o Benfica está próximo de ter a hegemonia do futebol português". Certo. E, cortando a direito, o técnico encarnado explicou como: "O êxito tem dois caminhos: os resultados e os títulos. Para atingir os títulos tem de haver resultados". Pois. Jesus é um filósofo. Da corrente lapaliciana e umbiguista. É filósofo no vácuo. E é por isso que eu gosto dele.
Não cuidem que estou a gozar. É a pura verdade: Jesus alegra-me os dias. Pelo que diz e pelos títulos que dá ao Porto. Está no Benfica mas é como se fosse nosso. Felizmente, no Dragão, pelo que tenho ouvido ao novo treinador durante esta primeira semana, parece que também não estamos mal servidos de Jorge Jesus.
Apenas mais um pormenor, antes que me esqueça: estão a ver aquelas entrevistas ridículas dos pivôs de telejornais aos donos ou presidentes das suas televisões? Aquelas fretadas inqualificáveis?! Pois mudou o paradigma, como se diz agora, embora não queira dizer nada: Jorge Jesus, o empregado, foi entrevistado pelo patrão. José Eduardo Moniz é vice-presidente do Benfica e administrador da SAD, e era o que faltava.
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