Lance Armstrong fez muito pelo ciclismo. Mas não era preciso fazer tanto. Há mais de dez anos que se sabe que o americano se dopava. E ele negou sempre.
Armstrong teve mais de dez anos e milhões de oportunidades para confessar a sua fraqueza - e nada. Em inquéritos oficiais, em investigações policiais, em comissões especiais, nos tribunais, em entrevistas a sério ou ao espelho pela manhã - e nada. Preferiu fazer-se de vítima de conspiração internacional e insistiu na fuga em frente.
Armstrong, que, durante mais de dez penosos anos, desprezou os sítios certos para dizer a verdade, vai aparecer amanhã no espectáculo de Oprah Winfrey para pôr tudo em pratos limpos. O programa foi gravado na passada segunda-feira, consta que o ex-ciclista admite finalmente o recurso ao doping e a famosa apresentadora de televisão já garantiu que ele "deu as respostas que as pessoas querem ouvir".
Oprah é isso: o que as pessoas (os americanos) querem ouvir. E o entalado Armstrong aproveita. Será um programa de lavagem a quatro mãos. Com lágrimas.
Sem comentários:
Enviar um comentário