A mim, no entanto, tocou-me muito mais o projecto "Vi:Ela Sentada", da autoria do escultor sonoro e plástico João Ricardo de Barros Oliveira. A instalação constava de 20 cadeiras e 40 camisas brancas penduradas num estendal. As camisas. As cadeiras, desta vez, não. Um trabalho sem objectivo e sem mensagem, nas esclarecedoras palavras do artista. A inspiração veio-lhe obviamente do dióspiro, numa ocasião em que passou por uma viela, ouviu uma conversa entre mulheres e uma sardinha caiu de uma varanda e escorregou num guardanapo que estava a secar, afogando-se, a sardinha, num balde de lampreias. Depois foi só perquisar a alma acústica e a obra nasceu.
A lógica é uma batata e a arte pode ser um dióspiro. A palha é apenas palha. Abro aqui uma excepção no Tarrenego! e condescendo ao YouTube. Aproveitem estes intensos dez minutos. Até ao fim, até ao tutano. Às vezes a cultura é uma coisa muito bonita.
Mas só às vezes! Tem dias...
ResponderEliminarj.
Repito, agora para todo o universo tarreneguense, aquilo que já te disse em privado:
ResponderEliminarUma instalação plástico-sonora de um "José Marinho", cujo objectivo é não ter o-o-o-o-o-o-o-objectivo!
Gostei muito da parabólica e da inspiração proveniente do dióspiro!
E gasta-se dinheiro público com isto.
Ai meus Deus, aonde é que isto vai parar?
Grande abraço,
P.
Abraço, amigo P.
EliminarAlguém me fez crer um dia, que se pode ser louco e saudável ao mesmo tempo. Na altura falava-mos de alguém, pertencente ao mundo jornalístico desta cidade, que para além de maluco, era um verdadeiro FDP.
ResponderEliminarNo caso do João Ricardo, reconheço que ele tem vindo a piorar, ou então, bateu com a cabeça em qualquer lado, mas, pareceu-me pela amostra, que continua LOUCO SAUDÁVEL.
Gaspar de Jesus
Caro Hernâni
ResponderEliminarO autor desta «obra de arte» tem todo o direito de estar feliz. Eu não. Gosto de perceber minimamente as coisas e, por muito que tente, não percebo o que ele quer nem o quê. Esta de ser um «escultor sonoro» é gira e, provavelmente, é melhor ser isso do que «calceteiro marítimo». Mas não o censuro: a vida está má para quase toda a gente e cada um safa-se como pode. Depois, a entrevista. Não sei de quem é a voz feminina que a faz, mas desde já a absolvo: a culpa é de quem lhe meteu um microfone na mão. Aguentei enquanto se limitou a trocar os Vs pelo Bs (objectibos, desenbolbimento, enbolbente). Mas quando atirou para o ar a frase «talbez por isso o autor tenha também se inspirado numa conbersa», aí desisti. Consegui aguentar 1 (um) minuto e 3 segundos. Recorde pessoal…
M. Flórido