Há uma década, os portugueses tinham mais doutorados e mais filhos fora do casamento do que aqui os nossos vizinhos espanhóis, os quais, por seu lado, viviam mais tempo e navegavam mais na Internet. Melhor para eles! Eu não faço ideia para que é que estas estatísticas comparativas servem, mas a verdade é que elas não nos largam, pondo-se depois a jeito para as leituras que mais nos apetecerem. Organismos dos dois países confrontaram indicadores e chegaram à conclusão de que, por exemplo, havia quatro espanhóis para cada português. O que também não quer dizer absolutamente nada, como ficou cabal e historicamente demonstrado em Aljubarrota.
Ah!, mas dizem que morremos do mesmo em ambos os lados da fronteira: tumores e doenças dos aparelhos circulatório e respiratório foram as principais causas de morte apuradas, nos dois países, pelos minuciosos estatísticos. Fossem eles um pouco mais longe e se calhar descobririam que em França também. E na Alemanha. E em Itália. E na Suíça. E na Hungria. E espantariam o mundo com a extraordinária novidade.
Uma década passada, não sei qual é a situação hoje em dia. Assim ao longe, parece-me que estamos todos estatisticamente mortos e sinceramente não sei quem é que está a escrever isto.
P.S. - Hoje é Dia Mundial da Estatística.
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