sexta-feira, 6 de agosto de 2021
O tempo das cervejas
Uma vez, em pleno pino de
 Verão, de férias, passeei Lisboa durante um dia inteiro sem beber uma cerveja, e 
bem era o tempo delas. Bati as capelas todas. Entrava aqui, entrava ali, e 
pedia "Uma Super Bock, se faz favor!", ou perguntava "Por favor, a imperial é 
Super Bock?", que não há e que não é - era Sagres e Sagres, respondiam-me invariavelmente, como se 
estivessem todos ensaiados e me conhecessem de algum lado. Bebi água como a minha mulher, 
eu quase morria, e foi a maior e mais perigosa acção de protesto que levei a efeito em toda a 
minha vida. 
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