domingo, 20 de outubro de 2019

O rei Artur, Viviane, Excalibur e o Montepio

Quando a corneta, ou olifante, tocou para o tacho, eram mais de quatro mil cavaleiros, de faca e garfo em punho como se fossem para uma justa, mas sentados e com um apetite escancarado e lavajão, posto que estávamos na Idade Média, e higiene e boas maneiras não eram com eles naquele tempo. Manifestamente atónito e arreliado assim assim, o rei Artur fez contas à vida, pelos dedos, apaziguou a algazarra da turba colorida e apenachada com meia dúzia de flechas cirurgicamente colocadas e obviamente fatais, invocou o regimento e colocou um ponto de ordem à mesa. O seguinte: "Embora nunca tenhamos realmente existido, está historicamente provado que vocês não podem ser mais de doze, talvez 24, ou, para não me chamarem forreta, temos sala para 150, fora as crianças, que pagam metade. Agora, 4.145 adultos e gordos, menos os seis que eu vindimei, já é uma escandalosa moinice. De onde é que me apareceu esta gente toda, que ainda por cima não traz o Magriço, que até nem dá despesa nenhuma, como o próprio nome indica? Por São Jorge, isto é a Távola Redonda, não é o Montepio"...

P.S. - Texto publicado originalmente no dia 1 de Fevereiro de 2016. Na mitologia celta, hoje, 20 de Outubro, é Dia da Dama do Lago ou Senhora do Lago ou Fada Viviane ou simplesmente Viviane ou também chamada Nimue, Viviana, Vivienne, Elaine, Niniane, Nivian, Nyneve, Nimueh e outras variações, mas nunca António, nomes em barda para alguém que nunca existiu. De acordo com a lenda arturiana, Viviane era a mais importante sacerdotisa de Avalon e foi ela quem deu ao rei Artur a espada sagrada Excalibur.

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