sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Em palhas deitado 21

Um "santo Natal", o raio que vos parta!...
Rais parta a moda dos votos de "santo Natal". Rais parta o vírus. Parece que não chegava o desejo de "feliz Natal", a encomenda de "bom Natal", parece que não era suficiente. Não, agora pregam-me com o "santo Natal", esfregam-mo no focinho. Está certo os meus dois amigos padres que me fazem sempre questão de "santo Natal", são padres, é-lhes de direito e de ofício, estão perdoados. Agora outros, certos e determinados, venais, filisteus, alguns até concubinados, criaturas que não vão à missa, que não rezam o terço, que não fazem novenas, que não põem os pés nas procissões, que não abrem a porta ao compasso, que vão a Fátima por causa do leitão na Mealhada, que acham que o Te Deum jogava no Sporting, que pensam que a besta do Apocalipse é um gajo muito burro chamado Apocalipse, que tampouco sabem quantas são as pessoas da Santíssima Trindade, virem-me com o "santo Natal", sem sequer suspeitarem do que a coisa quer dizer, isso eu não deixo passar. E portanto aqui fica o meu mais veemente protesto, amém.

A verdade é esta, com efeito: os votos de boas festas andam cada vez mais chochos. Como as nozes. Então este ano saíram uma desgraça, as nozes e os votos de boas festas, complicados e chochos. São uns poeminhas a puxar ao sentimento, são uns "o melhor possível" muito envergonhados, são uns "nunca pior" do piorio, são uns seja o que Deus quiser embrulhados numa espécie de pedido de desculpas e, na verdade, parece que desejos implícitos de infelicidade geral. São uma tristeza. Um choradinho que desconsola. Ai que saudades que eu tenho dos bons velhos votos de um feliz Natal e um ano novo cheio de propriedades...

Lições de História: Salomão
Salomão era muito rico e muito sábio. Ordenou a construção do Templo de Jerusalém e mandou cortar um bebé ao meio. Depois fugiu para o Brasil e entrou na telenovela "O Astro". 

 
Pronto, já me estragaram o Natal...
"Noite da consoada e dia de Natal com frio, chuva e neve", avisa o título do jornal. Parece impossível, em Dezembro. Será do tempo? 

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